Estação do Prazer  

Postado por MGrimaldi

Nada acontece por acaso. De vez em quando somos ajudados quando menos esperamos. Foi assim que não perdi o último trem daquela noite e também a oportunidade de não terminar o dia em branco. A estação em que eu desembarcava todos os dias tinha nome de personalidade política, mas, depois da transa que tive ali com um policial, acabou ganhando, ao menos na minha imaginação, um outro e delicioso nome: Prazer.


.............................................


O último trem partia exatamente às 23:45. Na estação de ***, costumava parar dez minutos depois. Olhei para o relógio digital, que ficava do outro lado da rua, e percebi que faltavam apenas três minutos. Tive que correr ou perderia de uma vez por todas a chance de tomar aquele trem. Cheguei a duvidar se conseguiria, mas quando cheguei à escadaria da estação e vi o trem ainda parado na plataforma, dei novas forças às minhas pernas e corri o máximo que pude.

Numa fração de minutos, desci as escadas, comprei um bilhete, girei a catraca e cheguei à plataforma. Mas assim que pus os meus pés na estação, o maquinista, acionando os botões de comando, ameaçou fechar as portas. No entanto, tive sorte, porque um PM que estava de pé na entrada, vendo todo o meu desespero, reteve-as com as mãos para que eu pudesse entrar.

— Valeu, cara.

— Que nada! — devolveu. — Esses filhos da puta sempre fazem isso! Esquecem que aqui tem trabalhador e não vagabundo.

— É verdade.

Olhei ao redor e vi que os assentos estavam lotados. Não havia onde se sentar. Contudo havia espaço suficiente no vagão para se poder estar confortavelmente de pé; Assim me apoiei à outra porta. Recuperado do susto de perder o trem, resolvi dar uma boa olhada no homem que fez a gentileza de impedir que as portas se fechassem.

Era um sujeito maduro que devia ter por volta de uns quarenta anos. De estatura mediana, moreno, de boa aparência e forte, consistentemente forte. Vestia uma farda de Policial Militar, usava barba cerrada e tinha uma cara de macho sacana, o que muito me excitou. Outro detalhe que me impressionou um bocado foi o volume. Algo verdadeiramente assombroso dentro daquela calça justa que compunha o uniforme da polícia. Em alguns momentos, tentei olhar discretamente, e, pelo estado que a coisa se apresentava, cheguei a duas hipóteses: ou ele estava com muita vontade de mijar ou estava de pau duro.

De frente para ele, não pude deixar de manjá-lo. “Que vara aquele filho da puta tinha!”. No trem, quase todos dormiam e os que estavam acordados tagarelavam ou matavam o tempo distraídos com uma bobagem qualquer. Eu, todavia, estava bem acordado e com os olhos fixos naquela delícia de homem. Examinando cada gesto, esquadrinhando cada músculo do seu corpo, principalmente aquele que me proporcionava um excitante espetáculo visual.

De vez em quando, ele escorregava o braço e disfarçadamente ia coçar o saco, ou dar uma ajeitadinha no dito-cujo, gesto que só me fez concluir que ele realmente estava em ponto de bala. “Se estava de pau duro, porque seria?” “Não havia nenhuma gostosona no vagão, nenhuma mulher que valesse a pena”.


Imaginei assim uma porção de coisas, mas nenhuma delas foi capaz de explicar as minhas suspeitas. Ele fechava os olhos, mas não dormia. Às vezes, os reabria e olhava em volta, vindo sempre pousar o seu olhar penetrante em cima de mim. Percebi que ele me olhava. Tinha fogo no olhar, mas não querendo imaginar coisas tratei de me aquietar e tirar todas aquelas esperanças do meu coração.

Num certo momento, ele abriu os olhos e me pegou olhando para o seu pau. Deu um sorriso sacana e vendo que eu não conseguia tirar os olhos de cima do seu instrumento, deu mais uma pegadinha, só pra provocar. Mesmo assim, fiquei meio cabreiro, pois, não consegui entender se ele estava me dando mole ou se estava apenas a fim de me zoar.

Por coincidência, descemos na mesma estação. Assim que a porta se abriu, ele saiu apressado. Eu, curioso e excitado, fui atrás, pois queria ver como ele reagiria fora do trem. Ali, poucos passageiros saltaram. A maior parte subiu a escada que dava para o lado de fora da estação. Eu, como de costume, prossegui, pois sempre saía numa catraca que ficava no final da plataforma. Olhei em volta para ver se encontrava o tal PM, mas nada. O cara havia evaporado.

Já quase não se ouvia passos e burburinhos e todos haviam ficado para trás. A estação esvaziou-se, e quando mais eu me distanciava mais afastado das pessoas ia ficando e mais sombrio e solitário ficava o lugar. Faltava pouco para chegar à saída, quando dei de cara com o policial encostado na mureta, mijando debaixo da escadaria. Tomei um baita susto porque imaginei que fosse um pivete saindo das sombras. Mas fiquei ainda mais assombrado quando vi aquele homem tentando devolver, sem sucesso para dentro das calças, aquela vara indecentemente grande.

— Foi mal, cara – disse. Te assustei?

— Não...

— Ih, acho que eu mijei o seu pé?!

— Não foi nada!

— Sabe o que é... tava muito apertado... tava louco pra dar uma mijada. Agora, tô aliviado.

— “Então por isso...” – pensei em voz alta.

— Então por isso o quê?

— Nada...

— Já sei, você percebeu que eu tava de pau duro? Não, foi?

— Não, que nada...

— Pode falar... Você notou a minha barraca armada?

— Foi, mas eu só olhei porque do jeito que a coisa tava qualquer um perceberia.

— Qualquer um? Mas e você, o que você achou?

— Cara, vai me perdoar, mas eu preciso ir... — desconversei.

— Calma, cara. Só quero saber se você gostou? Afinal durante toda a viagem você não tirou os olhos de cima de mim... E quer saber de uma coisa, eu fui com a sua cara. Até que você é bem jeitosinho.

Aquelas últimas palavras me desarmaram. Ele, então, segurou o meu braço, pegou-me pela nuca e me tascou um beijo.

— Gostou, cara?

Deu-me mais alguns beijos, apalpando-me o peito e as coxas. Eu estava, porém, meio apreensivo, pois tinha medo que alguém aparecesse e nos pegasse no flagra, mas ele me tranqüilizou:

— Relaxa cara, ninguém mais passa por aqui! Sente só... — disse ele, tomando a minha mão e indo pousá-la sobre o seu pau que endurecia. – Viu, isso é porque você está aqui. Eu tava mesmo louco de tesão naquele trem. Precisava me aliviar!

Sem medo, apertei aquela vara, que por dentro das calças ia tomando proporções assustadoras. Meu pau também crescia, mas em nada se comparava à imponência do policial. Ele me pegou por trás e começou a se esfregar contra mim. Quando senti que já estava estourando, me abaixei e fui tirar o passarinho da gaiola.

O pintarroxo (apelido carinhoso que deu a vara do PM) começou a cantar dentro da minha boca, ressoando entre os meus lábios, sibilando com o roçar da minha língua. Era grande e grosso, deliciosamente rombudo, de um sabor indescritível e de um cheiro de sabonete barato que me fizeram recordar do tempo de moleque quando eu prestava o favor de boquetear, um por um, os jogadores do time de futebol do colégio, durante o banho no vestiário.


Uma luz esquálida atravessava os espaços da escadaria e ia nos iluminar suavemente naquele canto escondido da estação. Assim, pude ver mais nitidamente aquela vara incrível e contemplar a satisfação que se estampava no rosto do PM enquanto empurrava para dentro da minha boca a sua rola suculenta.

Tirei seu saco pra fora e comecei a chupá-lo. “Nada me dava tanto prazer do que sugar um saco bonito.” O dele era lindo, consistente e peludo.

— Ah, filho da puta, tava na cara que você gostava de um caralho bem grande. Isso, porra, chupa a minha vara! Capricha! Toma seu puto!

Louco de tesão, ele me tomava pela nuca e, inúmeras vezes, arremessava a minha cabeça contra a sua cintura, me fazendo sentir seu pau no fundo da minha garganta. Levantei. Ele abriu o meu jeans e trouxe o meu pau pra fora. Tocamos assim juntos uma rápida punheta.

— Vira esse rabo! Eu quero ver!

Obedeci, empinei o rabo o máximo que consegui e deixei que ele desse uma boa olhada. Ele o acariciou e meteu o dedo no meu cu, examinando se teria problemas para penetrar. Depois de umas dedadas, meu cu cedeu. Estava tão excitado que senti que não teria o menor problema de ser enrabado por um pau tão grande. Com a cabeça, ele forçou uma brecha, e saiu rasgando, me fazendo gemer descaradamente.

— Oh, porra, me fode, vai... Mete tudo, vai... Como você é gostoso, seu filho da puta!

Ele gostava de bater na minha bunda e de dizer palavrões enquanto me enrabava. De vez em quando tirava o pau, e ia pincelá-lo nas minhas coxas. Nessas horas, eu ia ao delírio.

— Vem cá, de pé!

Trocamos beijos e carícias. Ele suspendeu a minha camisa, alisou o meu peito e mamilos. Desceu as calças e me sarrou. Durante os beijos, brincou com o meu pau. E, depois de uma rápida encoxada, fui ao chão, chupar mais uma vez o seu caralho até não poder mais. Percebendo que aquele lugar sujo e úmido não era adequado à nossa foda, ele me lançou contra a parede, enfiando-me a pica e me suspendendo numa alavanca.

- Ai, porra, que delícia! Vai que eu tô quase gozando.

Não suportando mais, gozei. Uma longa e gostosa gozada. O policial, por sua vez, continuou metendo. E assim que percebeu que ia gozar, colocou-me no chão, me fez ajoelhar e abrir a boca. Esperei ansioso, que ele matasse a minha sede.

Contraiu-se inúmeras vezes, numa dolorosa punheta, ameaçando transbordar. De repente, um jato contínuo de porra quente e pegajosa esguichou daquele pau maravilhoso. Fiz questão de tomar todo o seu leitinho, até mesmo o que havia caído fora de minha boca. Era uma forma de carregar comigo uma lembrança daquele policial que tinha sido tão gentil, não só por ter segurado as portas do trem, mas por ter me dado o prazer de experimentar uma pica tão incrível e inesquecível naquele fim de noite depois de um estressante dia de trabalho.



This entry was posted on 22:28 and is filed under , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

1 comentários

Você soube lidar muito bem com o fetiche de policial.
E mais do um simples conto, você é bastante detalhista e sabe usar muito bem as palavras. Tem um vocabulário digno de bons livros.

Parabéns.

Rebouças.